5 de setembro de 2013

PM impede que mãe pague resgate por falso sequestro em João Pessoa

Bandidos ligaram para idosa e afirmaram estar com sua neta de 24 anos.
Mãe pegou R$2 mil emprestados para pagar resgate; jovem estava em casa.

Nervosa, Aparecida mostra os dois mil reais que conseguiu emprestado para pagar os criminosos pelo falso resgate da filha (Foto: Walter Paparazzo/G1)
Uma ligação para a avó de uma jovem de 24 anos levou uma família ao desespero na manhã desta quinta-feira (5), em João Pessoa.  Ao telefone, bandidos afirmavam que ela tinha sido sequestrada e que o custo do resgate seria de R$ 2 mil. A mãe da jovem, Maria Aparecida da Silva, presenciou a ligação e imediatamente pegou a quantia emprestada para entregar aos supostos sequestradores.

A polícia foi acionada por uma tia da suposta vítima , informou o Cabo da PM Frutuoso: "Pela nossa experiência, vimos logo que era um sequestro falso". Ele contou que a PM seguiu até a casa onde a
jovem mora e confirmou que estava lá e não corria qualquer tipo de perigo. Em seguida, os policiais foram impedir que a mãe dela entregasse o dinheiro para os criminosos.

Aparecida contou, nervosa, que a pessoa no telefone chorava e dizia: “Vó, eu tô sendo sequestrada, vó”. Tentando ter certeza do crime, ela não conseguiu falar com a filha por telefone, o que aumentou o desespero. Em meio à confusão, a avó da jovem cheogu a passar mal e desmaiar. Aparecida andou de Barra de Gramame até o Valentina, bairros da região sul de João Pessoa, para poder entregar o dinheiro para uma mulher, que a polícia ainda não identificou se tem relação com o trote.

Emocionadas, mãe e filha se reencontram após polícia ter descoberto que sequestro era falso (Foto: Walter Paparazzo/G1)

 "Infelizmente os falsos sequestradores deviam estar observando e provavelmente fugiram quando nos viram”, lamentou o Cabo Frutuoso, que também disse não saber ainda se a ligação partiu de algum presídio, mas que a prática é comum. A polícia acompanhou Aparecida até a casa da filha, que ficou comovida ao ver o estado em que a mãe se encontrava. “É muito desespero”, desabafou a mãe.

Fonte: G1/PB